TGD- ESTRATÉGIAS E RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA
De acordo com o estudo realizado, o desenvolvimento humano acontece através da comunicação e esta ocorre com a interação entre as pessoas. Segundo a visão sócio-histórica o desenvolvimento é um processo social que se desenvolve ao longo da vida e por meio do qual o sistema de símbolos é adquirido em um longo processo ontológico de aprendizagem cultural.
Percebe-se que nos casos de Transtorno do Espectro Autista, há falhas na interação nos sujeitos, causando déficits de comunicação. Nestes casos, é preciso encontrar uma forma de apoiar seu desenvolvimento comunicacional, a Comunicação Alternativa se apresenta justamente para esta utilização.
A criança com TGD apresenta especificidade nas áreas da linguagem, do comportamento e da Interação social, necessitando de alguns cuidados que favoreçam a construção de habilidades e de competências, e, também de estratégias para favorecer um bom ambiente escolar, que permita o seu desenvolvimento.
A aprendizagem de Autistas se dá através de uma abordagem vivencial. Todos os momentos e ambientes são utilizados como objetos de estudo. Na sala de aula, no parque, em casa, na sua própria casa. Devemos utilizar todas as estratégias em beneficio ao nosso aprendizado. Na Escola primeiro exploramos a importância ao que mais agrada a criança para se iniciar um trabalho de adaptação/familiarização professor e aluno.
As estratégias e recursos de baixa tecnologia tem a finalidade de apoiar os alunos com TGD em seu desenvolvimento de habilidades comunicacionais e sua interação social.
A seguir exemplos de algumas atividades e estratégias de recurso de baixa tecnologia que ajudam estimular vários fatores como: Socialização, Linguagem, Cognitivo e a Motricidade do aluno com TGD. Estes recurso podem ser aplicados com pessoas TGD de 03 a 15 anos de idade em sala de aula, AEE, bibliotecas, em laboratórios de informática ou até mesmo em uma área de lazer junto as aulas de Educação Física. Tanto os professores de sala de aula como também os professores de AEE podem contribuírem para o desenvolvimento do aluno com as atividades selecionadas.
Jogos e Atividades para alunos com TGD

Atividade 1: - A professora mostra as figura dos cartões perguntando para o aluno... Como estamos hoje? Estamos feliz?, Estamos triste? Estamos com raiva? Fazendo essas perguntas e mostrando os cartões com as figuras, os alunos irão demonstrar como estarão se sentindo imitando os gestos da figura.

Atividade 2: Descrição de imagem
A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente. Uma excelente alternativa para os professores de AEE trabalhar com alunos TGD.

Atividade 3: Trabalhar com o aluno noção de cheio e vazio ou quantidade, muito ou pouco

Atividade 4: Jogos construídos com rolinhos de papel higiênicos (sucata) e tampas auxiliam na discriminação visual com comandos ou não. De acordo com à faixa etária, o professor pode ir aumentando o grau de dificuldade. Estes jogos trabalham o raciocínio, passando gradativamente do concreto para o abstrato. As crianças com TGD poderá organizar o pensamento, assimilando conceitos básicos de cor, forma e tamanho.

Atividade 4 : A Professora irá trabalhar com o aluno Conceito Matemático, Tamanho, Linguagem, Grau do Substantivo mostrando as figurinhas do cachorrinho de vários tamanhos e escrevendo o nome em baixo, ela irá pronunciar o nome várias vezes em cada uma das figuras.


Atividades 5 e 6: A professora deve mostrar para o aluno, figuras de atividades de Rotina da Vida Diária, como: comer, tomar banho, escovar os dentes, horário das orações com a família etc. Ela pode perguntar para o aluno... quais das atividades ele realizou em casa?
Para o aluno TGD a rotina, significa organização e planejamento. A organização do ambiente e do que irá ocorrer, torna-se uma referência para a sua organização favorecendo a sua auto-regulação. O aluno necessita de estratégias pedagógicas, de modo a ofertar a todas as informações necessárias para a compreensão dos conteúdos. Dessa forma, cria-se a oportunidade para a autonomia e pode-se motivar o sentimento de sucesso.
Referências:
BEZ, Maria Rosangela; ROCHA, Ingrid Lira. O Passo a Passo do Estudo de Caso para pessoas com Transtorno Global do Desenvolvimento. Adaptado de: GOMES, Adriana Leite Limaverde; CORRÊA, Rosa Maria. Apostila disponibilizada pela Universidade Federal do Ceará ao Curso de Especialização lato-sensu de Formação de Professores para o Atendimento Educacional Especializado – AEE, disciplina – Transtornos Globais do Desenvolvimento. Maio de 2014.
